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Livro: Floco de Neve (Prólogo) - Bruna Vecchi

Olá, queridos internautas. c:
Antes de qualquer coisa, quero dar um aviso: Esse conto, essa história ou esse livro - como vocês queiram chamar - é inspirado em um filme. "A origem dos guardiões" me inspirou a escrever essa história. Peguei muitos detalhes de lá e também muitas ideias, então espero que vocês não me xinguem ou me chamem de copiadora, ou algo do tipo, apenas peguei uma ideia e tirei uma base dali para fazer minha história.
A maioria das coisas nessa história é imaginária: Nome de vilas, países, estados e até personagens.
Boa leitura \õ/
Ass: Bruna Vecchi


Dezembro já ia chegando, mostrando sua cara gelada, na vila de Ponsho. O lago da cidade havia congelado totalmente, as folhas das árvores estavam branquíssimas, assim como os telhados das casas, os jardins e, além de tudo isso, o chão. Tudo branco devido a neve, que já começava a cair de forma apressada. Mas isso não impedia as crianças de brincarem nas ruas, fazendo suas guerrinhas de bolas de neve, bonecos de neve e patinar no gelo. Mal sabiam elas que aquilo era perigoso.
No lago da cidade, um grupo de crianças se encontrava, patinando para lá e para cá, rindo e gargalhando, uma coisa inocente.
- Hey, Jude! Não taque bolas de neve em nós! Podemos cair e rachar a superfície do lago! E se fizermos isso, vamos virar picolés e morrer! É isso que você quer, nos ver mortos?
Gritou um garoto loirinho, de olhos muito castanhos e a pele excessivamente branca. Era alto, meio gordinho e tinha as bochechas coradas. Seu nome era Tomás. Esse desviava de diversas bolas de neve que uma menina, com os cabelos cor-de-fogo e os olhos negros, com a pele meio queimada de Sol, tacava neles. Essa, chamada Jude. Jude olhou assustada para Tomás e largou uma bola de neve que tinha acabado de fazer no chão.
- Eu não quero machucar ninguém, eu só quero brincar! - Gritou Jude, a voz chorosa.
- Então venha patinar, Juh! - Berrou uma menina morena, com os cabelos fofos e castanhos e os olhos pretos, que sorria de orelha a orelha, seu nome era Lora - Está escorregando que é uma beleza.
Jude fez um imenso bico e bateu os pezinhos no chão, aparentemente irritada com aquilo tudo. Parecia que algo, e esse algo tinha haver com patinar, a incomodava.
- Eu não sei patinar e vocês sabem disso! - Ela gritou para as crianças.
Alguns riram, como Tomás, porém outros, como Lora, apenas sorriram de forma fraca e encorajadora. Alice, uma menina pálida como a neve, de cabelos muito loiros e olhos pretos, chamou sem parar com as mãos. Queria que Jude tentasse, que se juntasse a eles. Depois de muito insistir, Jude bufou e revirou os olhinhos.
- Eu vou tentar, ta bom? Mas se vocês rirem de mim quando eu cair, eu vou atrás de vocês e bombardear a todos com muitas bolas de neve e socos!
Ela caminhou até a beira do lago congelado e engoliu em seco. Todas as crianças pararam para observar, algumas tensas, outras risonhas. Lora parou ao lado de Alice, que roía as unhas por conta da expectativa, levantou os dois polegares, querendo passar calma, porém nem ela confiava que Jude fosse conseguir.
Jude colocou o pé esquerdo no gelo e já foi escorregando, quase abrindo um espacate, mas conseguiu retomar o equilíbrio. Ninguém riu. Ela olhou nervosa para todos e tomou uma lufada de ar e um gole de coragem, e então colocou o outro pé no gelo.
- Vamos, Juh! - Berrou Tomás, escondendo os risinhos - Você consegue!
Jude os olhos e assentiu. Conseguia! Tinha que conseguir, não devia ser tão difícil assim patinar. Arriscou dar impulso e acabou conseguindo ir longe, escorregando. As crianças eram vivas e umas até arriscaram uns pulinhos. Jude começou a rir e também a pular, e então...
O gelo sob os pés da garota começou a ranger e estilhaçar.
- Ai, meu Deus! - Sussurrou, de forma urgente.
As crianças, que pulavam e comemoravam, pararam para olhar apavoradas para Jude.
- O que está acontecendo ai? - Berrou uma menina oriental, prima de Lora.
- Jude! - Gritou Alice - Venha até nós! Vamos apostar uma corrida no gelo!
Porém Jude continuou estacada, ela ergueu levemente a cabeça e ia gritar um pedido de socorro quando o gelo rachou de vez e engoliu a garota para baixo d'água. Foi tão rápido que ela nem teve tempo de gritar, porém as outras crianças gritaram a vontade. A prima de Lora fechou os olhos com força e duas palavras desenharam sua boca: Jack Frost.
Um vendaval muito gelado passou por todos ali no lago. Alguns se arrepiaram e se assustaram, olhando para os lados, procurando a origem daquele vento, mas nada viram. O gelo aos pés das outras crianças pareceu virar cola quente, porque elas não conseguiam mexer os seus pés. Umas berravam em desespero e outras só tentavam se mexer. Jude estava no fundo de um lago gelado e eles estavam presos e grudados nesse mesmo lago. O que acontecia ali? Então a tal da prima da Lora deu um gritinho animado e olhou para Lora, falando em meio a uma gargalhada.
- Ele é real! Eu posso vê-lo! Ele é real!
- Quem é real, garota? - Berrou Lora para ela - Não me venha com fantasias, estamos em uma emergência!
- Mas não é fantasia, olhe!
A prima de Lora apontou para o gelo, ali onde Jude havia caído e... Não havia mais Jude caída em gelo algum, e sim uma menina assustada e batendo o queixo, ao lado de um homem alto e branquíssimo como a neve, com os olhos azuis intensos, assim como seu casaco, os cabelos da mesma cor da pele, um calça jeans surrada e um tênis de trilha. Ele também estava com uma touca, que achatava seus cabelos brancos e lisos na testa. Um sorriso iluminava seu rosto e ele acariciava o topo da cabeça de uma Jude confusa e assustada.
- JACK FROST! - Berrou Tomás.
E de fato era. Jack ampliou o sorriso e gesticulou brevemente com a mão, e o gelo nos pés das crianças voltou a ser escorregadio. Muitas ficaram sem fala, mas não a tal da prima de Lora, que gargalhou e patinou até perto deles. Jack a olhou e sorriu muito animado para ela, parecia extremamente jovem para um espírito do gelo.
- Obrigada por atender ao meu chamado! - A menina disse, toda sorrisos.
- Carol - Ele respondeu, e sua voz era jovial também, voz de alguém que era super simpático - Eu respondo a todos que acreditam na minha existência e precisam de mim. Você foi nobre e me chamou por conta da vida de uma amiga, e eu vim.
Carol sorriu de orelha a orelha, olhou para trás e gesticulou, mas não foi preciso, porque todas as crianças já estavam em volta do espírito do inverno. Elas explodiram com mil perguntas, porém Jack apenas falou.
- Cuidado com o gelo, crianças.
E puff, sumiu, deixando uma pequena fumacinha gelada e mil floquinhos de neve rodando em um pequeno rodamoinho. As crianças ficaram paradas, olhando para o lugar que antes o espírito do inverno estava. Uma garotinha, a menor de todas, olhou para Carol e disse.
- Você o chamou mesmo?
Carol assentiu, olhando para o alto, como se esperasse que Jack voltasse, mas não disse nada. Não se sentia especial nem nada, apenas sentia que podia admirar os olhos de Jack Frost o dia todo. Jude mexeu nos cabelos ruivos, olhando para o gelo, que antes estava completamente quebrado. Ela ergueu os olhos e fitou Carol, essa olhou para baixo devagar, sorrindo para a ruiva. Jude se jogou nos braços da oriental e as duas riram.
- Obrigada! - Jude disse.
- Tudo por um amigo! - Carol respondeu.
- Acho melhor sairmos do gelo... - Murmurou Lora, com um sorrisinho fraco.
As outras crianças assentiram e trataram de chispar do lago rapidinho. Jack, que estava escondido atrás de uma árvore, sorriu e explodiu novamente em um vendaval gelado. Sua missão ali estava concluída. Podia ir para casa.

Bom gente, esse foi o prólogo do livro que uma amiga minha, chamada Bruna Vecchi, está escrevendo. O nome, como está no título, é Floco de Neve. Espero que gostem do livro! Assim que ela me mandar o primeiro capítulo eu posto aqui para vocês o.k.?

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